segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sem palavras...




Depois de tantas confirmações, precisava aprimorar meus conhecimentos. Com muito sacrifício minha mãe, que sempre acreditou no meu chamado e ministério, foi comigo até a APEC - Aliança Pró Evangelização de Crianças e fez minha matrícula para fazer o curso com duração de um ano.


Neste curso aprendi especificamente como conduzir cada momento que passamos com as crianças: louvor, histórias, oração, evangelismo entre outros.


Em determinado momento do curso, tivemos uma tarefa prática, deveriamos falar de Jesus a uma criança que ainda não tivesse ouvido falar dEle e teriamos de usar o método do Livro Sem Palavras.


Ficou combinado que em um dia da semana iriamos para a praça da Sé em grupo e lá abordariamos algumas crianças que lá estivessem.Foi dada a opção de evangelizarmos qualquer outra crianças do nosso convívio, desde que não conhecesse a Jesus. Uma dica foi, que andassemos sempre com o Livro Sem Palavras na bolsa, pois as oportunidades poderiam surgir quando menos esperassemos. Acabei não conseguindo chegar a tempo para ir à praça da Sé.


Eu orei e pedi a Deus que preparesse uma criança, pois não queria fazer essa tarefa de forma mecânica. Não realizei a tarefa no tempo estipulado, mais nossos professores disseram que aconteceria no momento certo e para estar preparada.


Num domingo, uma de minhas amigas levou o sobrinho para a igreja, o garoto tinha uns 10 ou 11 anos, não lembro exatamente, e ele acabou se aproximando de mim inexplicávelmente e eu tive a oportunidade de falar-lhe de Jesus. Contei a ele a história do Livro Sem Palavras e ele recebeu Jesus como seu Salvador.


Nessa época eu já havia levado várias outras crianças a Jesus, mais essa experiência foi especial, pois pude colocar em prática o que estava aprendendo e provar que de forma simples e rápida posso falar de Jesus para um pequenino e o mais lindo, como o Espírito Santo age de forma extraordinária na vida desses pequeninos.




Maura


"O bom cristão, tem a Bíblia na mão

O bom cristão, tem a Bíblia na mão

O bom cristão, tem a Bíblia na mão,

tem a Bíblia na mão, tem a Bíblia na mente e no coração".



Nossa congregação foi convidada para participar de um culto infantil na sede. Nos preparamos e ensaiamos algumas músicas e apresentações e o grande dia chegou. Na verdade eu não me lembro qual música minha turminha cantou, mais nunca esquecerei a oportunidade que foi dada a Maura.

Ela era uma menina linda, pele morena e um sorriso doce e cativante. Quando ela se dirigiu para a frente da igreja ela olhou fixamente pra mim, que estava sentada nos primeiros bancos, então ela começou a cantar um cântico que eu havia ensinado e cantado apenas uma vez, na época que auxiliava tia Jenice.


"... O bom cristão, tem a Bíblia na mão...

O bom cristão, tem a Bíblia na mão...

O bom cristão, tem a Bíblia na mão...

... tem a Bíblia na mão, tem a Bíblia na mente e no coração..."


O olhar da pequena Maura dizia que eu havia sido importante na vida dela, que eu havia ensinado e ela havia aprendido, ela cantava sorrindo realizada em poder me apresentar o que ela havia aprendido. Seus olhinhos de gratidão ficaram fixos nos meus durante toda a música.

Anos depois soube que Maura contraiu uma doença crônica, houve complicações e ela veio a falecer ainda jovem, a imagem que veio a minha mente no momento em que soube que ela havia falecido foi aquele olhar e sorriso.

Ainda hoje quando penso em desistir e me lembro do olhar e sorriso da Maura, Deus confirma em meu coração para que Ele me chamou e me deu vida.



sexta-feira, 7 de maio de 2010

Nossa!!! Quantas crianças...


Fiquei pouco tempo como auxíliar na igreja sede, mais Tia Jenice, me deu a oportunidade de ensinar uma música para as crianças da sala dos pequeninos. Acredito que um mês depois estava como professora junto com a Tia Sandra na Congregação do Planalto... Estavamos começando e a dificuldade financeira era muito grande, da nossa parte que eramos apenas estudantes e da parte da igreja também, mas não viamos dificuldades, conseguiamos ver a necessidade que a congregação tinha em ter professoras para as crianças, uma vez que era formada por 80% delas. Em minha total inexperiência acredito que aprendi mais do que ensinei.
Tudo era novidade e aprendizado... e os sonhos, nossa eram tantos...
Estava se aproximando nosso primeiro dia das crianças junto com nossa turminha, e a pergunta que eu e a tia Sandra fizemos, o que faremos pra elas?
Rapidamente eu respondi:
- Faremos uma festa com bolo e refri e vamos fazer uma sacolinha com balas e pirulitos...
Tia Sandrinha meio incredula disse:
- Com que dinheiro??
Eu não tive dúvidas e respondi:
- Deus nos dará condições, tenho certeza disso.
Eu sabia que não poderia pedir a minha mãe, afinal a situação em casa também era muito difícil e a da tia Sandra era igual a minha, mas também sabia em quem crer e depender.
No domingo seguinte, no horário dos anuncios, anunciei a festa das crianças e disse: não temos dinheiro e não sabemos onde e como será, só sei que vai acontecer. A irmã Clarice levantou a mão e disse:
- Pode ser feita na minha casa, uma vez que o quintal é grande e eu dou o bolo e o refrigerante.
Eu olhei para a Tia Sandra e sorri, agradecendo a Deus pelo que estava acontecendo.
Quando a EBD acabou o irmão Benedito que era tio de sangue da Tia Sandra e responsável pela congregação chegou em mim e disse:
- Deus tocou no meu coração e eu vou doar vinte cruzeiros para vocês comprarem alguma coisa para as crianças.
Eu ri... gargalhei... pulei... cantei... louvei ao meu Deus que é fiel e tão prontamente me ouviu...
Tia Sandrinha não acreditou, pois como sobrinha disse que o tio era muito "mão de vaca" e não tinha o hábito de dar nada pra ninguém. Com o passar dos anos entendi que precisa ser justamente alguém assim, pra provar que era realmente Deus quem estava agindo.
Compramos algumas coisas e fizemos sacolinhas para 50 crianças e mais uma vez a tia Sandra me perguntou:
- E se forem mais crianças do que as sacolinhas que nós temos??
Eu respondi falando com Deus:
- Deus, não temos como comprar mais nada, então por favor mande somente o número exato de crianças correspondente as sacolinhas.
O grande dia chegou e eram tantas as crianças que a sala da casa da irmã Clarice ficou pequena... por várias vezes tentamos contar as crianças e não conseguiamos... Algumas crianças acabaram não querendo a sacolinha e ficamos com uma curiosidade em saber quantas eram as crianças.
Organizamos a fila para voltarmos para o salão da igreja e fomos andando... eu parei na porta de um barzinho e um senhor ficou olhando as crianças e derepente começou a contar as crianças... eu curiosa fui acompanhando a contagem, como eu fui no final da fila para que ninguém se perdesse ele olhou pra mim e disse:
- Nossa!!! Quantas crianças... 50... nem uma a mais e nem uma a menos...
Meu coração mais uma vez se encheu de alegria e louvor a Deus. Ele cuidou de cada detalhe, até da quantidade de crianças e até de alguém para contá-las.
Essa foi minha primeira grande experiência de fé com Deus além da confirmação do meu chamado. Nunca me esquecerei dessa experiência e nunca duvidarei do que meu Deus pode fazer.
Aprendi e ensino a criançada a depender de Deus, a confiar nele nas grandes e pequenas coisas. Não tenho dúvidas de que Ele tem cuidado de mim e que muitas coisas ainda estão por vir.
A Ele a honra, a glória e louvor... hoje e sempre!!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Apresentação


Tudo começou, creio eu, quando fui gerada. Sem dúvida alguma, Deus me escolheu. Excelente início!


Me descobri no meio das crianças na minha adolescência. Vai ver por ser uma criança um pouco maior elas me atraiam ao mesmo tempo que eu também as atraia. Não era necessário nenhuma grande performance para tê-las ao meu lado sempre.

Foi na igreja Metodista Wesleiana em Itaquera quando a Tia Marcia assumiu o departamento infantil, após ter cursado a APEC ( Aliança Pró Evangelização de Crianças), e resolveu transmitir seu conhecimento recém-adquiridos aos interessados de plantão.

Mais que depressa me inscrevi e nosso "estágio" foi na Escola Bíblica Dominical. Eu estava então com apenas 13 anos de idade. Fui enviada para dar aulas para a classe de crianças de 3 à 5 anos de idade, no qual a Tia Jenice era a professora responsável.

Minha pouca idade não me impediu de começar e muito menos de sonhar. Foram experiências inesquecíveis que contribuiram para o meu crescimento espiritual.

Ensinado sobre Deus, aprendi sobre Ele. Tive a oportunidade de experimentar sensações e sentimentos maravilhosos. O tempo foi me trazendo experiência, e cada vez mais fui me aperfeiçoando. As crianças sempre foram e continuarão sendo minha fonte de inspiração. Deus me faz ver neles o motivo para não desistir nunca, e procurar a cada dia ser como eles.

Me sinto presenteada por ser a Tia Deise de tantas crianças, e de tantos adultos para quem no passado já ensinei, e com os quais aprendi.